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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: https://pt.wikipedia.org/

CHARLES BERNSTEIN

( U. S. A. )

 

 

Charles Bernstein (Nova Iorque, 4 de abril de 1950) é um poeta, crítico, editor e professor norte-americano. É um dos mais importantes membros da poesia "LANGUAGE", editor da antiga revista L=A=N=G=U=A=G=E e editor do website Sibila.

Charles Bernstein nasceu no seio de uma família judaica de Nova Iorque em 1950. Estudou na Bronx High School of Science e na Universidade de Harvard, graduando-se em 1972. Publicou seu primeiro livro, Asylums, em 1975. Entre 1978 e 1981 editou, juntamente com Bruce Andrews, os 13 números da revista L=A=N=G=U=A=G=E. No mesmo período, lançou três outros livros de poesia: Parsing (1976), Shade (1978) e Poetic Justice (1979). Em 1984, lança The L=A=N=G=U=A=G=E Book, uma seleção do que fora publicado nos três anos de revista.

De 1989 a 2003 lecionou na Universidade de Buffalo, estado de Nova Iorque, onde também co-fundou e dirigiu o Programa de Poética e o Electronic Poetry Center (EPC). Atualmente, é professor na Universidade da Pensilvânia, tendo lá iniciado o projeto PennSound.

Nas últimas décadas publicou dezenas de livros e antologias. Trabalhou com compositores como Ben Yarmolinsky, Dean Drummond e Brian Ferneyhough, para os quais escreveu o libreto de cinco óperas, e com vários artistas plásticos, dentre os quais Richard Tuttle, Mimi Gross e sua esposa, Susan Bee. É co-editor da revista literária brasileira Sibila, ao lado de Régis Bonvicino e amplo grupo de autores de renome internacional.

 

Bibliografia - Poesia

Girly Man (University of Chicago Press, 2006); Shadowtime (libreto para uma ópera de Brian Ferneyhough, baseada na vida de Walter Benjamin) (Los Angeles: Green Integer, 2005); With Strings (Chicago: University of Chicago Press, 2001); Republics of Reality: 1975-1995 (Los Angeles: Sun & Moon Press, 2000); Dark City (Los Angeles: Sun & Moon Press, 1994); Rough Trades (Los Angeles: Sun & Moon Press, 1991); The Sophist (Los Angeles: Sun & Moon Press, 1987; reimpressão: Cambridge, Reino Unido: Salt Publishing, 2004); Islets/Irritations (Nova Iorque: Jordan Davies, 1983; reimpressão: Nova Iorque: Roof Books, 1992); The Nude Formalism, com Susan Bee (Los Angeles: Sun & Moon Press, 1989; reimpressão: Charlottesville, VA: Outside Voices, 2006); Controlling Interests (Nova Iorque: Roof Books, 1980); L E G E N D, com Bruce Andrews, Steve McCaffery, Ron Silliman, Ray DiPalma (Nova Iorque: L=A=N=G=U=A=G=E/Segue, 1980); Poetic Justice (Baltimore: Pod Books, 1979); Shade (College Park, MD: Sun & Moon Press, 1978); Parsing (Nova Iorque: Asylum's Press, 1976); Asylums (Nova Iorque: Asylum's Press, 1975).

 

TEXT IN ENGLISH – TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS

 

INIMIGO RUMOR – revista de poesia.  Número 11 – 2º SEMESTRE 2001. Editores: Carlito Azevedo,  Augusto Massi.   Rio de Janeiro, RJ:  Viveiros de Castro Editora, 2001.  204  p.   ISSN  415-9767.                                         Ex. bibl. de Antonio Miranda 

 

The Harbor of Illusion

At midnight´s scrawl the fog has
lost its bone and puffs of
pall are loamed at
tidal edge. No more to count
than density arrows its
petulance at crevice laced
with dock, not hour´s
solstice nor brimmed detour —
over the haunch of lock and
tress the vein pours sweetly
and Devil´s door knows no
more than pester and undone —
the seering moors where I
refrain of lot and camphor.
Only this, a ripple
against a blind of shore that sands
us smooth and mistless: let
he who has not stunned make
sound, cacophony of
nearing, having feel, of
pouring, having stalled.  Though
free to bore and load, let
rail retail conclusion, finicky jejunes
at waste of moor, or lord these
tower, tour the template, thoroughfare
of noon´s atoll.    

 

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS
por MANUEL PORTELA

                                                De O Sofista (1987)      

Porto de ilusões

Às garatujas da meia-noite, o nevoeiro
perdeu a força e baforadas de
névoa argamassam
a borda da maré. Nada a contar
senão que a espessura frecha a
a sua petulância à fenda rendilhada
de docas, nem hora de
solstício, nem desvio a transbordar
—sobre a garupa de comportas e
fossos a veia verte docemente
e a porta do Diabo sabe apenas
importunar e destroçar—
as ancoragens videntes onde me
abstenho de acaso e cânfora.
Apenas isto, uma ondulação
contra uma persiana praia que
nos areia lisos e desenovoados: quem
não se atordoou que
atroe, cacofonia de
chegar perto, tendo tombado, de
derramar, tendo protelado. Embora
livre para fardo e carrego, que seja
o carril a retalhar a conclusão, meticulosa
aridez na amarragem deserta, ou dominai-os
sobranceiro, dando a volta ao escantilhão, estrada
do atol do meio-dia.

*

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Página publicada em dezembro de 2023

 

 

 
 
 
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